22.9.08

Exposição de Pintura em Bruxelas - António Carmo

O Pintor Português, António Carmo, expõe na Galerie Albert I, em Bruxelas. Celebrando 40 anos de Pintura.

Na obra exposta encontramos um tributo à vários artistas de grande renome no mundo das artes, tais como, Picasso, Magritte, Modigliani, Frida Kahlo, entre outros mais, mas sempre com o estilo do artista português. A exposição estende-se por 35 obras, nas quais encontramos elementos pictóricos de outros artistas. António Carmo imprime a sua marca: "pego em elementos do pintor e transformo-os"

Modigliani

A exposição é támbem dedicada a seu amigo pintor e tapecista belga Edmond Dubrunfaut, que faleceu em Julho do ano passado.

Para os interessados em saber mais sobre a exposição, deixo o link da galeria. http://www.artsite.be/albert1/

Hans Karl Baret – O escultor serralheiro

Exposição de escultura de Hans Karl Bart patente de 19 de Setembro a 30 de Outubro na Biblioteca Municipal de Viana do Castelo.


Ao pesquisar alguns eventos culturais pelo nosso pais, deparei com a exposição que está a decorrer em Viana do Castelo, e ao fazer uma pesquisa do Escultor, encontrei o seu blog , ao que me pareceu interessante, dedicando assim algum tempo e ver a sua obra.

Espinhos

http://hanskarlbaret.blogspot.com

20.9.08

Exposição de Surrealismo em Vila Nova de Famalicão

Arranca a partir do dia 20 de Setembro a 3ª parte da colecção de surrealismo da Fundação Cupertino de Miranda. Contam com a apresentação de mais de cem obras de nomes ilustres do Surrealismo.


Nesta Exposição encontramos obras de Mário Cesariny, representando o surrealismo portugues, podem encontrar outros nomes importantes do surrealismo, tais como André Breton, Salvador Dali, Tristan Tzara, entre muitos outros mais.


André Breton / Greta Knutson / Tristan Tzara / Valentine Hugo

Sem título (cadavre-exquis), [1936]

Para os interessados em saber mais desta exposição deixo o link da Fundação Cupertino de Miranda - http://www.fcm.org.pt/destaque.asp?id=8


20 Setembro a 7 Novembro 2008
Horário: segunda a sexta-feira: 10.00h - 12.30h / 14.00h - 18.00h
sábado: 14.00h - 18.00h
encerra ao domingo e dia 1 de Novembro


17.9.08

Biblioteca Sábado 3

A revista Sábado inicia uma nova campanha de livros a 1€.

O primeiro, que sai já amanhã dia 18/09, será grátis na compra da revista, enquanto que os restantes podem ser adquiridos por apenas 1€ (mais o preço da revista - que penso rondar os 2,80€).
A campanha começa com "O Amante" de Marguerite Duras e conta com um total de 8 livros.

18 de Setembro: O Amante, Marguerite Duras
25 de Setembro: O Pêndulo de Foucault, Umberto Eco
2 de Outubro: Meridiano de Sangue, Cormac McCarthy
9 de Outubro: Gabriela, Cravo e Canela, Jorge Amado
16 de Outubro: Sputnik, Meu Amor, Haruki Murakami
23 de Outubro: Uma Conspiração de Estúpidos, John Kennedy Toole
30 de Outubro: O Historiador, Elizabeth Kostova
6 de Novembro: O Carteiro de Pablo Neruda, António Skarmeta

As edições têm a desvantagem de serem de capa mole, mas por este preço não se pode pedir muito..

Corpo e Sentido


Expõe-se à gana de crescer, quem se arrisca escrever.

A soma de letras que resultam em formas disformes compreensiveis, é o primeiro passo para a defenição de quem procupa criar letras com corpo e sentido criativo. O isolamento cancela o conhecimento e empobrece a grandeza que a razão nos dedica.
A Literatura é uma arte de todos e de muito poucos.
Quem faz a diferença permite-se ao conhecimento de como compor e de como se deixar emocionar pelo saber.


16.9.08

Para levar para casa

Les Concerts à Emporter é um videocast que está à nossa disposição na Blogotheque, criados por Chryde e Vincent Moon (jurí do IMAGO deste ano com direito a retrospectiva).
A essência destes trabalhos é captar uma banda ou artista em performance intimista, fora dos palcos, num qualquer quotidiano, seja uma rua, um bar, um apartamento vazio, um autocarro ou um elevador. A produção e edição são reduzidos ao mínimo, o som é directo e a camera está preferencialmente a balançar nas mãos do realizador entre os elementos das bandas e o ambiente que os rodeia. Nestes "concertos para levar" é abundante termos um take para cada música. Moon, que marcou a estética foi movido pelo desejo de filmar música de um modo "anti-MTV", farto da lógica de planos com um segundo sequenciando-se frenéticamente.
Numa altura em que tanto se fala da mega-produção que foi o concerto de Madonna no Parque da Bela Vista, desafio-vos a deixarem-se conquistar pela música sem grandes artifícios numa lógica que quer aproximar os artistas dos seus fans. É também uma excelente oportunidade para conhecer alguns bons valores da música alternativa mundial.
Os vídeos são feitos sem fins lucrativos tanto para os realizadores como para as bandas é possivel fazer-se o download gratuito.

Linda Bergkvist, para quem não conhece.

Para quem não conhece Linda Bergkvist é uma artista digital que poem o Photoshop a "andar às voltas". (O link para o portfolio dela no CG Tlak.) Para o site oficial dela vão a www.furiae.com tem uns "tutorials" de Photoshop muito porreiros pá.
Também escolhi esta senhora para o post, porque o tema onírico é utilizado na maior parte do seu trabalho. Penso que este tipo de pesquisa pode ser produtiva
. Pedia que fizessem o mesmo, se possível.
Próxima pesquisa "Dream Art" escrita expressionista. (Espero encontrar alguma coisa.)
Linda Bergkvist, "Gone" 2006

Khayman Lopez

15.9.08

Bang! That's the end.

Peter Greenaway é um cineasta do qual sou admirador e até mesmo entusiasta. Considero que poucos têm o mesmo conhecimento e perícia para conjugar todas as artes na soma do todo que é um filme. Ver um filme de Greenaway impressiona, pelas temáticas, pela abordagem, pela técnica. Os seus filmes têm um ar "clássico" (em parte devido à fotografia inspirada na arte renascentista e à direcção de actores muito brittish) que contrasta com um conteúdo normalmente polémico, sempre provocador e com um sentido de humor mordaz. Por tudo isto (não) devia ter ficado surpreendido com um video da NoTV em que Greenaway (no mesmo ano em que estreou o belíssimo "A ronda da noite") afirma que o cinema morreu, e como se não bastasse, ainda fiquei a saber que essa minha grande paixão morreu mesmo antes de eu ter nascido.


Ora, como Greenaway é uma espécie de questionador da comunicação (eu diria até mesmo, questionador da humanidade) não se limita a passar a certidão de óbito à sétima arte mas tenta também dar o passo em frente com uma espécie de "filme/instalação multimédia" inspirada no VJing. Actualmente tem em tour o projecto "Tulse Luper Suite Cases Exhibition". A história anda à volta de um personagem, Tulse Luper, que terá nascido em 1911 e sido aprisionado no Leste do globo em meados de 1970's. Pouco se sabe sobre este homem, mas julga-se que tenha estado envolvido nos primeiros testes nucleares no México, no Maio de 1968 e até na queda do Muro de Berlim. Ao longo da sua vida foi coleccionando objectos que guardou em 92 malas que se encontram espalhadas pelo globo. Além das exibições fazem parte deste ambicioso projecto multimédia: filmes, uma serie de tv, dvd's, performance de cinema/vjing, um site e um jogo on-line.

*

Há poucos meses atrás, Greenaway conseguiu finalmente autorização para reinventar "A Última Ceia" de Da Vinci. Recorrendo a tecnologia de ponta e projectando no quadro com 510 anos, preparou um espectáculo de luz e som que diz ser dirigido à "geração laptop". Esta intervenção artística gerou como seria de esperar reacções opostas, divididas entre o deleite e as acusações de vandalismo.

Excerto do espectáculo

Dormir e sonhar - Neurologia

Em base da minha investigação para a composição do trabalho temático, para a nossa exposição colectiva no Paralelo 38, encontrei um site (em inglês) de todo o processo neurológico desde o estado activo, ao estado passivo. Espero que seja útil, o link é este:
www.biology-online.org/8/6_sleep_dreams
A pessoa que escreveu o documento é muito céptica em relação aos sonhos mostrarem o futuro. Perguntava a todos se partilham da mesma opinião, ou acham que os sonhos transmitem-nos vivências futuras.

Para uma segunda fase da minha pesquisa, foi tentar saber o que estava na base do surrealismo. Segundo o que eu estudei a criação surrealista surge quando a imaginação se manifesta livremente, sem qualquer tipo de bloqueio critico, deixando o subconsciente actuar. Na base estética do surrealismo sei também que o dadaísmo foi uma influência, não sabia é que a pintura metafísica tinha sido (obvio, mas sinceramente não sabia), o seu criador foi Giorgio de Chirico. Muitos consideram Giorgio de Chirico surrealista, eu digo que a estética utilizada por Giorgio de Chirico foi mesmo a utilizada pela pintura surrealista, mas em termos de conteúdo utilizado nas suas pinturas, não o acho de maneira nenhuma um pintor surrealista. Acho que questionava muito mais a nossa estrutura física e leis estruturais que a reprodução de sonhos ou manifestações do subconsciente.

Giorgio de Chirico - The archeologist, 1927. Óleo.

Khayman Lopez

13.9.08

John Sayers - A posta da bricolage

Olá venho apresentar-vos o senhor John Sayers, é um dos gurus mais famosos do design e construção de estúdios, é também uma pessoa extremamente prestável, podem contacta-lo com dúvidas, mas não lhe façam perguntas idiotas porque o senhor é uma pessoa ocupada.

Fica aqui um tutorial retirado do site do senhor para todos aqueles que necessitam de uma sala acusticamente equilibrada, são entusiastas do áudio, do home cinema, para aqueles que nada têm que fazer e dedicam-se aos trabalhos manuais e para os tesos, fica aqui um link extremamente útil que vos pode fazer poupar uns milhares de euros, um guia DIY (do it yourself) para construção de painéis de absorção sonora de extrema qualidade (quer dizer aí já depende da qualidade do artista), mãos à obra malta.

Link.

11.9.08

Ciclo Manoel de Oliveira em Serralves

De 18 de Setembro a 09 de Novembro irá decorrer no auditório da Fundação de Serralves um ciclo de cinema intitulado "Manoel de Oliveira: ver e rever todos os filmes e mais alguns ainda...".


"Retrospectiva integral da obra de Manoel de Oliveira acrescida de uma escolha de filmes de referência de outros autores, que se cruzam com os caminhos do cineasta.", in Fundação de Serralves


10.9.08

Inícios do Cinema

"A saída dos operários da fábrica" - 1895
(um fotograma do filme)

Irmãos Lumière

Embora a França reivindique a descoberta do Cinema, várias experiências estavam a ser realizadas noutros países.
Foram os irmãos Lumière que, graças ao cinematógrafo, conseguiram projectar imagens numa tela/parede.
A primeira exibição pública foi a 28 de Dezembro de 1895 no Grand Café em Paris. O primeiro filme dos Lumière retratava a saída dos operários de uma fábrica.

Os seus filmes eram de curta duração (aproximadamente um minuto) e apenas registavam cenas da vida quotidiana. Assim, estava aberto um espaço para a tendência ficcional, na qual se destaca Mèliès.


Su

5.9.08

Barbara Kruger

Barbara Kruger

Barbara Kruger nasceu em 1945 em Newark (New Jersey) e é uma artista conceptual. Ela utiliza a linguagem de veículo dos media com um estilo característico: fotos a preto e branco e aforismos em fontes específicas, imitando o vocabulário da propaganda e subvertendo-o, para focalizar temas de relevância social como, por exemplo, a violência, a saúde pública e a descriminação.

Kruger vai buscar material à indústria de massas. Ela tem consciência do poder dos media e por isso, apodera-se desse meio para poder subvertê-lo. Kruger trata a linguagem como um alvo ou como uma arma - o artista torna-se num manipulador de signos e o espectador num leitor activo de mensagens e não um consumidor do "espectacular". A artista usa também diversas imagens e textos de maneira a desfazer a natureza especular das representações que submetem a mulher ao olhar de um sujeito masculino.

Kruger procura intervir nas linguagens, nas ideologias da vida quotidiana e no poder vigente das representações sociais.

http://www.barbarakruger.com/


Su

Historia da bateria

HISTORIA DA BATERIA

A bateria é uma invenção do século XX. "No começo dos anos 1900, bandas e orquestras tinham de dois a três percussionistas cada. Um tocava o bombo, outro tocava a caixa, e o outro tocava os pratos, os blocos de madeira e fazia os efeitos sonoros." (CANGANY, 1996, p. 31). Um bom exemplo disso eram as bandas de rua de New Orleans, nos Estados Unidos, que tocavam o estilo de Jazz conhecido como Dixieland, onde havia pelo menos dois percussionistas, um tocando caixa e o outro tocando o bombo e os pratos, que ficavam fixos em cima do bombo, possibilitando tocá-los em pé ou caminhando.

A partir da invenção do pedal de bumbo, tornou-se possível que uma pessoa apenas fizesse o trabalho que antes, três pessoas faziam. O primeiro modelo prático de pedal de bumbo foi construído por William F. Ludwig em 1910. Outra invenção aparentemente simples que tornou a bateria possível foi a estante para caixa, desenhada pela primeira vez em 1899. Antes disso, o instrumento era pendurado nos ombros com o uso de correias, ou então apoiado em cima de cadeiras. Uma vez que pedais e suportes para caixa práticos se tornaram disponíveis, um único baterista poderia executar o trabalho previamente feito por três. E assim nasceu a bateria.
Até 1920, os bateristas de jazz nos EUA, não se destacavam muito, limitando-se apenas a marcar o tempo da música. Aos poucos, alguns músicos foram se destacando, devido à técnica e sua maneira de se apresentar, como por exemplo, Jo Jones e Gene Krupa. Krupa, no entanto, apesar de não ter sido o primeiro grande baterista da história, tornou-se conhecido como um dos primeiros solistas na bateria, devido ao fato de não sofrer discriminação racial, já que era branco. Sendo assim, ele se apresentava nas principais casas de shows dos EUA, tornando sua maneira de tocar bastante popular, como por exemplo, ao lado da orquestra do clarinetista Benny Goodman na música ‘Sing Sing Sing’. Bem mais tarde, outro baterista tornou o instrumento bastante popular em todo o mundo, a partir do início dos anos 60. Era Ringo Star que devido à sua grande popularidade e, junto com diversos outros bateristas de grupos de Rock, trouxeram cada vez mais um lugar de destaque para bateria.

Dessa forma, a criação da bateria, como um instrumento musical bastante recente (cerca de 100 anos de história), está intimamente ligada ao surgimento do Jazz, proveniente da tradição das bandas de rua (Marching Bands) norte-americanas, bem como o seu desenvolvimento está ligado à história e ao desenvolvimento do Jazz e do Rock, respectivamente na primeira e segunda metade do século XX. Por isso, os EUA são a principal referência no estudo da bateria e em produção de material didático, já que o instrumento foi se desenvolvendo de acordo com o cenário musical no qual estava inserido, o jazz norte-americano em suas diversas fases: New Orleans, Swing, Big Bands, Be Bop.
Em seguida, na segunda metade do século XX, o rock passou a ser o principal movimento musical mundial. Apesar das bandas européias, principalmente inglesas nos anos 60, serem as de maior sucesso em todo o mundo, os EUA continuam sendo a maior referência para a bateria.
No Brasil, a influência norte-americana sempre existiu no que diz respeito à bateria, seja pelo cinema, pelas gravações e shows de jazz, pelos equipamentos, ou pelos primeiros livros e métodos de bateria que mesmo com muita dificuldade, os bateristas brasileiros sempre procuraram ou desejaram ter acesso para satisfazer a busca por escassas informações disponíveis em nosso país.
Com a influência das jazz-bands, surgem no Rio de Janeiro diversos grupos e orquestras com arranjos diferenciados para a música brasileira. É então que começa a aparecer um maior número de bateristas. Os músicos paulistanos nas décadas de 50 e 60 se encontravam para trocar informações, inclusive com os bateristas norte-americanos que apareciam com freqüência acompanhando artistas famosos do Jazz.
Paralelamente a isto, os bateristas brasileiros foram desenvolvendo maneiras particulares de tocar o instrumento, incorporando os elementos da percussão e as idéias musicais provenientes da enorme riqueza cultural e musical brasileira. É o caso, por exemplo, de Luciano Perrone, um dos primeiros bateristas brasileiros. Ele criou uma maneira própria de tocar samba na bateria, já que naquela época, seu instrumento resumia-se a uma caixa, colocada sobre uma cadeira, um prato, pendurado na grade que separava os músicos da platéia, e um bumbo sem pedal que ora era percutido com a baqueta, ora com o pé mesmo. Nascido no Rio de Janeiro em 1908 e tendo iniciado sua carreira aos 14 anos de idade, na época do cinema mudo - no antigo cinema Odeon do Rio de Janeiro - Luciano Perrone é considerado o pai da bateria brasileira. Foi Luciano Perrone quem inventou a bateria no Brasil. Este típico instrumento americano, recebeu através das mãos deste baterista, o suingue e a nobreza dos ritmos brasileiros.
Na década de 50, Edison Machado surge como o primeiro baterista a tocar samba com o prato de condução e Milton Banana torna famosa, no mundo todo, a batida da bossa nova através de gravações com Tom Jobim e João Gilberto, só para citar alguns exemplos. Além deles, muitos outros inovaram a maneira de tocar bateria, incorporando as idéias e as riquezas dos ritmos e da percussão brasileira, aliando-os à modernidade e à vanguarda, como por exemplo: Robertinho Silva, Nenê, Zé Eduardo Nazário, Marcio Bahia, Carlos Bala, Paschoal Meirelles, Guilherme Gonçalves, entre outros. Os bateristas brasileiros mostram que, mesmo tocando um instrumento que nasceu nos Estados Unidos e que tem como característica reunir vários instrumentos de percussão para uma pessoa tocar sozinha, pode-se dar a esse instrumento um tratamento com base nas mais profundas raízes da percussão, já que no Brasil, a enorme riqueza e as diversidades rítmica e cultural influenciam sobremaneira a arte musical e os músicos. Dessa forma, o uso de outros instrumentos de percussão, característicos nos diversos ritmos brasileiros, podem e devem contribuir para a formação musical do baterista.

2.9.08

Nam June Paik

"TV Cello" - 1971
Nam June Paik

Nam June Paik nasceu em 1932 e morreu em 2006. Muitos críticos consideram que Paik foi o pai da Video Art. Ele fez parte do movimento Fluxus - movimento artístico que misturava diversas artes, sobretudo artes visuais, mas também a literatura e a música.
Nam June Paik explorou o potencial da televisão como um objecto de arte e um media expressivo.

Paik e a violoncelista Charlotte Moorman (1933-1991) realizaram muitas performances nas quais Moorman era "vestida" por Paik com objectos de vídeo, ou fazia música com esses objectos.
Em "TV Cello" a televisão transformou-se num instrumento musical. É uma escultura de vídeo, algo habitual de Paik. Nesta obra, três TV's constituíam a forma de um violencelo, havendo até cordas a atravessar as TV's. Moorman consegue criar sons electrónicos que são mais ou menos controlados. Nos écrans de TV, ela aparece esbelta a tocar no seu violencelo clássico, aparecendo por vezes "visualmente multiplicada", dissolvendo-se por entre cores.

"TV Glasses" e "TV Bed" são mais alguns exemplos de trabalhos de Paik em que Charlotte Moorman participou.

Nam June Paik trabalhos, biografia e outros:
www.medienkunstnetz.de/artist/paik/biography/


Su

The Wooden Mirror by Daniel Rozin


Daniel Rozin construiu, em 1999, o primeiro de seis espelhos mecânicos produzidos a partir de materiais não-reflectores. Este é composto por 830 peças quadrangulares de madeira, com os seus respectivos 830 motores, uma moldura de madeira, um computador e uma câmara de vídeo.


A câmara de vídeo capta os movimentos da luz e transmite a informação ao computador, que por sua vez faz com que as peças de madeira se movimentem, produzindo uma imagem distorcida de quem se reflecte.
A interactividade do público com a sua imagem e o som que as peças emitem ao moverem-se, criam uma peça, a meu ver, diferente e que desperta também a curiosidade (como é possível ver no vídeo).







A primeira questão que me coloquei foi qual seria o conceito dele. Nas suas palavras: This piece explores the line between digital and physical, using a warm and natural material such as wood to portray the abstract notion of digital pixels.
No seu site o artista explica que o espelho de lixo foi pensado primeiro mas que o conceito parecia demasiado arriscado - "This piece suggests that we are reflected in what we discard. The piece celebrates the ability of computation to inflict order on even the messiest of substances - trash.".
Posso estar errada, mas parece-me que ao pensar o primeiro espelho o artista viu que a materialização poderia funcionar muito bem, esticando a corda e arranjando diferentes conceitos conforme os materiais que à partida poderiam ser utilizados. Qual a vossa opinião?


Fontes

Design Boom
Smoothware

1.9.08

Historia da fotografia

Na minha primeira contribuição para este blog, aqui vai um bocado de história de uma das formas de arte que mais aprecio, a Fotografia.
O texto foi retirado de um site que encontrei por acaso. Aqui vai o link para quem se interessar. www.fotoserumos.com

" Nasce uma profissão: o fotógrafo

Quando a França ainda vivia um período de instabilidade política, em meados do século XIX, conseqüência da Revolução
Francesa e do Império Napoleônico, surgiu uma nova profissão, reconhecida mais tarde, também como arte: a fotografia.

Na verdade, registros revelam que na época de Aristóteles já se conhecia o fenômeno de produção de imagens pela
passagem da luz através de um pequeno orifício e boa parte dos princípios básicos da óptica e da química que envolveriam
mais tarde o surgimento da fotografia.

No século X, o erudito árabe Alhazen mostrou como observar um eclipse solar no interior de uma câmara obscura: um quarto
às escuras, com um pequeno orifício aberto para o exterior.

Durante a Renascença, uma lente foi colocada num pequeno orifício e obteu-se uma melhor qualidade da imagem. A câmara
obscura começou a se tornar cada vez menor, até se transformar em um objeto que pudesse ser levado para qualquer lugar.

Já com um tamanho portátil, no século XVII, a câmara obscura era utilizada por muitos pintores na execução de suas obras.

Um cientista italiano, Angelo Sala, em 1604, observou o escurecimento de um certo composto de prata por exposição ao sol,
mas não conseguia fixar a imagem que acabava desaparecendo.

Foram muitos os estudiosos que ao passar dos anos acrescentaram novas descobertas: em 1725 com Johan Heinrich
Schulze, um professor de medicina da Universidade de Aldorf, na Alemanha e no início do século XIX com Thomas Wedgwook,
que, assim como Schulze obteve silhuetas fixas em negativo, mas a luz continuava a escurecer as imagens.

Fotografia de fato, surgiu no verão de 1826, pelo inventor e litógrafo francês Joseph Nicéphore Niépce. Em fevereiro de 1827,
Niépce recebeu uma carta de Louis Daguerre, de Paris, que manifestou seu interesse em gravar imagens. Em 1829,
tornaram-se sócios, mas Niépce morre em 1833. Seis anos depois, em 7 de janeiro de 1839, Daguerre revela à Academia
Francesa de Ciências um processo que originava as fotografias ou os daguerreótipos.

A fotografia atraiu a atenção de tantas pessoas que, movidos pelo entusiasmo, tornaram-se adeptos daquela técnica. Assim,
tanto em Londres como em Paris, houve um boom na compra de lentes e reagentes químicos.

Os fotógrafos e suas câmeras fotográficas (caixas de formas estranhas) começavam a registrar suas imagens.

Fotografar tornou-se uma atividade em franca expansão. Rapidamente tomou conta do mundo. Em 1853, cerca de 10 mil
americanos produziram três milhões de fotos, e três anos mais tarde a Universidade de Londres já incluía em seu currículo
a fotografia.

Em junho de 1888, com George Eastman, surge a Kodak. A fotografia tornou-se mais popular com este tipo de câmera que
era bem mais leve, de baixo custo e simples de operar.

A fotografia deu ao homem um visão real do mundo, tornando-se assim, um instrumento de como captar imagens dos
registros da História. "