Uma obra requere sempre um suporte visível quando é apresentada ao público. Deste modo, podemos dizer que a arte se torna física - ao sair da concepção mental entra no campo físico.
Mas e se um dia a arte for virtual? A obra não é imediatamente visível. Para a vermos precisaremos de um objecto intermediário como, por exemplo, óculos virtuais. Nesse momento, a arte transcenderá todas as trangressões até hoje feitas, apoderando-se por completo do poder das tecnologias e aliando-se a elas.
Já se sabe que estão a ser criados e programados "robôs" que criam "arte". Scott Eaton, o escultor que Khayman nos deu a conhecer, cria arte através de softwares. Eaton usa um suporte. Para as suas obras serem apresentadas é necessário imprimi-las ou usar o computador como suporte. Poderá isto constituir o início do que se poderá vir a chamar de arte virtual?
Uma arte desenvolvida através da tecnologia, do recurso a computadores?
Uma arte onde não há suporte, visto ser imediatamente invisível?
Uma arte que compromete a compra de objectos de arte como meio decorativo?
Uma arte que questiona tudo - incluíndo a própria arte?
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Na pesquisa para encontrar mais informação sobre a Dream Machine, que para quem não sabe, (é o tema que me está sensibilizar, para a minha criação "artística" no âmbito da exposição colectiva a realizar no Paralelo 38), encontrei a descrição da Dream Machine feita por Brion Gysin. Fiquei impressionado com a mesma, quando li que a verdadeira visualização da Dream Machine é feita ao fechar os olhos, descrevendo como exemplo a visualização causada quando olhamos para o sol e os fechamos rapidamente.
